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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Mais uma do alienígena

Meu amigo alienígena telefonou e disse que só agora entendeu o que acontece por aqui. Explico. É que no planeta dele não há hipocrisia  e, muitas vezes, um Alien se vê em maus lençóis, pois tem dificuldade em compreender os nossos tortuosos raciocínios sobre política e cidadania.

Nesse sentido, ele gostou muito dos trechos da minha tese de doutorado que falam da destrutividade do ser humano.

Como ele está em nosso planeta em missão cultural, agradeceu as explicações. Não obstante quis complementar o que disse ontem em nosso almoço vegetariano (para um alienígena em missão cultural não ficaria bem almoçar os animais que habitam o nosso planeta...).
Meu amigo pediu então que eu anotasse três pontos implicados no conceito de trabalho que discutimos desde ontem.

São eles:

1) Dependência do homem em relação à natureza, no que se refere à sua vida e aos seus interesses. Por isso a questão ambiental é tão relevante. Isso constitui o caráter de necessidade do trabalho e das relações de trabalho com o planeta em que habitamos. Nada de matar a galinha dos ovos de ouro.

2) Reação ativa a essa dependência, constituída por operações mais ou menos complexas, com vistas à elaboração ou à utilização dos elementos naturais.
Uma das situações mais curiosas que ele observa no Brasil neste sentido, é a falta de empregos para operações menos complexas e a oferta de vagas não preenchidas para as operações complexas. Isso resulta, segundo ele, da precariedade de nossa educação ao longo das décadas (incluindo nisso a desvalorização profissional de nossos professores, que viraram chandalas em nossa cultura, ao ponto de o Governador Requião ter se referido às professoras em greve por melhores salários como "mal-amadas"... Mal-amadas pelas políticas públicas?). Justifica esse estado de coisas falando de um círculo vicioso que precisa acabar. Aumentou a população, a educação básica piorou muito de 1970 para cá, e, simultaneamente, o país vem vivendo surtos de crescimento e desenvolvimento tecnológico e de exportações que exigem mão de obra qualificada. Só que não há! Por que? Por falta de uma educação de qualidade. Para exemplificar sua observação disse que 75% dos brasileiros são analfabetos funcionais! Uau!

Que número, hein?

3)Grau mais ou menos elevado de esforço, sofrimento ou fadiga, que constitui o custo humano do trabalho. E aqui entra a questão marxista da alienação.

Nesse ponto fiz uma brincadeira: - "Ah, então temos o alienígena, o alienista e o alienado"...

Ele me falou que outra hora comenta essa coisa de alienação, em termos psicológicos e econômicos. Sem dúvida é um comentário bem-vindo. Aguardamos.

Por outro lado, vemos novamente a questão do trabalho em associação com a idéia de sofrimento.
Trabalho é sofrimento? Isso fica pra depois...

Bom, hoje é segunda-feira, e o alienígena precisava continuar suas pesquisas, assim como eu também preciso trabalhar! Que novidade!

Mas, eu, particularmente, confesso que adoro trabalhar em minha profissão.
Então, mediante isso, como fica essa relação entre prazer e sofrimento no trabalho?

Comento quando puder! Fiquem ligados!

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