SÃO PAULO – O desemprego no Brasil deve continuar caindo pelo menos até o final do ano, avalia o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
De acordo com o economista da instituição, Sérgio Mendonça, as taxas no segundo semestre tradicionalmente são mais baixas que as registradas na primeira metade do ano. “Se tudo continuar dentro da normalidade, a tendência é de queda”, afirma.
No mês passado, a taxa de desemprego em sete regiões do país analisadas pelo Dieese recuou para 11,9%. Em julho, o indicador havia marcado 12,4% e, em agosto de 2009, estava em 14,4%.
A maior redução entre julho e agosto deste ano foi verificada em Recife (de 17,2% para 15,9%), Fortaleza (de 10,2% para 9,2%) e Belo Horizonte (de 8,3% para 7,5%). Em São Paulo, a taxa de desemprego recuou de 12,6% para 12,3%, o menor percentual para o mês de agosto desde 1992.
“A criação de 161 mil ocupações foi mais do que suficiente para absorver o número de pessoas que entraram no mercado de trabalho (57 mil), resultando na saída de 104 mil pessoas da situação de desemprego”, ressalta o Dieese em relatório.
Quase todos os setores da economia criaram empregos no mês passado, com destaque para o comércio, onde houve crescimento de 2,5% no número de ocupados. Apenas na indústria foi verificada queda, de 0,5%, movimento visto como pontual pelo Dieese.
Também foi constatado crescimento no trabalho com carteira assinada, ao mesmo tempo em que houve redução no trabalho informal. “O aumento do emprego formal reflete a confiança das empresas na economia, com a expectativa de expansão nos próximos meses”, diz Mendonça.
(Francine De Lorenzo | Valor)
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