
Minha sugestão é a de que você sempre dê um retorno qualquer. Por mínimo que seja o sinal que você enviar, o outro reconhecerá que você é cortês e cortesia vale pontos. Porque responder mostra os seus valores profissionais, sempre responda à mensagem que alguém lhe enviar. Um "ok". Pelo menos a pessoa que lhe enviou a mensagem não fica mais livre para pensar o que quiser.
Por exemplo,essa pessoa lhe envia um e-mail e você fica com preguiça de responder imediatamente, apesar de você já ter a resposta na ponta da língua. Depois você esquece e nos dias seguintes também. Quanto mais tempo passa, menor a probabilidade de lembrar.
Nesse período que se prolonga no tempo e no espaço, a pessoa que lhe enviou a mensagem pode pensar o que quiser, pois na falta de fatos as pessoas tendem a tirar conclusões abstratas. Isso resulta em ações e pensamentos que podem eventualmente produzir resultados nocivos para você ou para ela.
A pessoa pode pensar:
- Ele(a) não quis responder.
- A mensagem não chegou, devo enviar outra?
- Será que o meu e-mail foi mal-interpretado?
- Isso quer dizer que ele é um procrastinador?
Como vêem, não há limites para a imaginação humana. Porém, às vezes a interpretação é justa e correta, ainda que contra nós. Como na hipótese que conclui que "ele(a) é um(a) procrastinador(a)".
O chato de formular hipóteses é que elas não nos dão certezas. E muitas vezes isso desgasta, irrita, especialmente quando tratamos de assuntos importantes e urgentes.
A informação rápida pode ser essencial. Pra que deixar os outros irritados?
E se houverem exemplos anteriores que possam ligar seu "esquecimento" a fatos do passado, as pessoas podem distorcer os fatos atuais. Seres humanos tendem a formar uma imagem de conjunto das ações por essas falsas relações que unificam e dão sentido à realidade. Nós temos cinco sentidos e todos eles funcionam em conjunto. Essa é a tendência do pensamento também.
Unificar os dados. Aristóteles já imaginou isso (no tratado psicológico chamado De Anima ou Sobre a alma).
Por um lado, as opiniões mesmo sendo lógicas e consequentes, podem não ser necessariamente verdadeiras. Pode ser que justamente naquele caso a generalização que funciona em outros casos seja equivocada.
Quando não damos a informação nos abstemos de preservar a verdade, e deixamos que a livre imaginação do outro tome conta da cabeça. É como alguém que não comparece à reunião do condomínio. Vira voto vencido e tem que se conformar com as deliberações da assembléia.
Como sempre recomendamos que você siga as regras do jogo no mundo profissional, sugiro que tente ser imediato nas respostas, mesmo que depois volte e complemente ou substitua o que disse. Uma boa comunicação é essencial. Leia o que escreveu, pense antes de falar.
Seja um profissional rápido, porém não irrefletido.
Pense na sua resposta de pelo menos duas perspectivas diferentes: a sua e a do destinatário.
Desse modo, muitas confusões serão evitadas e não haverá "ruído" na sua comunicação.

O círculo é o modelo do retorno. A informação sempre retorna ao ponto de origem acrescida de algo: a resposta buscada.
![Audio] – The <b>Feed-Back</b> – “Kumalo” (1970) « Musicophilia Daily](http://images-partners.google.com/images?q=tbn:DSHmFp5nfiIKcM::http://musicophiliadaily.files.wordpress.com/2009/03/feedbackf.jpg)
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