"Citar vem do latim: citare. Referir ou transcrever (um texto) em apoio ao que se afirma, segundo o Aurélio. A língua que falamos no dia a dia favorece os tagarelas, soneteiros e os que falam pelos cotovelos. Quantas palavras imprecisas, ditas ao vento, são necessárias para descrever o silêncio? “Sobre aquilo de que não se pode falar, deve-se calar”, sintetizou o filósofo Wittgenstein."
"Aforismos e epigramas, máximas e pensamentos, sentenças e ditos memoráveis nos lembram que tudo na vida é por aproximação, da matemática ao amor. E pode crer, “o que hoje é demonstrado, um dia foi apenas imaginado”, como afirma o poeta Blake."
"Toda citação maior é uma espécie de pensamento lúcido, fragmento condensador de uma possível beleza-verdade, farol que ilumina o mundo em ruínas. A citação é nuvem “onde o sol cala”, como no Inferno de Dante: “No meio do caminho desta vida/ me vi perdido numa selva escura,/ solitário, sem sol e sem saída”."
Shaw diz que “a mais tola das ilusões é a que leva os homens a conceber-se como moralmente superiores aos que têm opiniões diferentes das suas”.
Pessoa diz que “não ter opiniões é existir. Ter todas opiniões é ser poeta”.
André Gide, por sua vez, diz que, “todas as coisas já estão ditas, mas, como ninguém escuta, é preciso recomeçar sempre”.
A citação é uma lembrança do que “poderia-ter-sido”, do “não-mais” ou do “tarde-demais”. “O que não é destino é frivolidade”, diz Ortega e Gasset.
James Joyce, em “Ulisses”, afirma que, “depois de Deus, Shakespeare foi quem mais criou”.
Segundo Shakespeare, “a vida é uma história narrada por um idiota, cheia de barulho e fúria, não significando nada”.
Machado de Assis diz que, “não se comenta Shakespeare, admira-se”.
Maiakoviski, “a morte não é difícil. Difícil é a vida e o seu ofício”.
Freud afirma que “sou onde não penso”.
“Nada do que é humano me é estranho”, pensa Terêncio.

- "Tupi or not tupiniquim?" - Nicolas Behr, poeta brasiliense,
citando Shakespeare de modo enviezado.
Bom final de tarde!
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