Disse que ele precisa se comunicar melhor, está tudo denso demais.
Parece que ele não escreve para o público, mas ele não é a Clarice Lispector, que um dia disse: "Escrevo para nada e para ninguém. Se alguém quiser me ler o faça por sua própria conta e autorisco."
Vovó é muito erudita, mas, com sua experiência de educar crianças, aprendeu a utilizar uma linguagem mais simples e acessível.
- "Vou dar um toque!", eu disse.
Daí fiquei matutando sobre isso, até que calhou, curiosamente, dos dois se encontrarem. Vovó ficou abismada e disse:
- "Então é esse o seu marcianinho?" - quase morri de vergonha.
Ele não disse nada, só abriu bem aqueles olhões. Quem disse fui eu.
- "Vovó, ele não é de Marte, não. Vem de um planeta de nome impronunciável. O próprio nome dele é impronunciável".
A lógica de vovó é implacável:
- "Se o nome dele é impronunciável, então posso chamar de qualquer coisa.... Marciano, pronto. Tem nome Marciano, não tem?"
- "É vovó, estudei com um no ginásio..."
- "Credo, meu netinho, 'ginásio'? Como você é antiquado. Não existe mais ginásio."
Vovó estava muito do contra e resolvi deixar os dois conversando sobre trabalho e prazer.
O próximo post é a transcrição fiel, aliás, fidelíssima, da conversa!
Olha só o que vovó trouxe para a conversa com o Alien.
- "Política da boa vizinhança", ela disse!
E continuou: - "É que vou no supermercado depois e só uso sacola retornável!" - Grande Vovó! Essa mulher é demais!
O motivo: o plástico polui - e muito. As sacolas são incapazes de se decompor em curto prazo. Trata-se, portanto,
de uma decisão lógica: aboli-las dos supermercados.
Você sabia?
As sacolas de plástico demoram pelo menos 300 anos para sumir no meio ambiente. Em todo o mundo são produzidos 500 bilhões de unidades a cada ano, o equivalente a 1,4 bilhão por dia ou a 1 milhão por minuto. No Brasil, 1 bilhão de sacolas são distribuídas nos supermercados mensalmente - o que dá 66 sacolas por brasileiro ao mês.
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