Resultado do Prêmio ANPOF 2010

O processo de seleção da melhor tese e da melhor dissertação de filosofia do biênio 2008-2009 foi concluído na última sexta-feira pela Comissão de Seleção do Prêmio ANPOF, com reunião presencial no Rio de Janeiro. O resultado final foi o seguinte:

Melhor Tese: "Ceticismo e vida contemplativa em Nietzsche", de Rogério Antonio Lopes, sob a orientação de José Raimundo Maia Neto, defendida no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFMG.
Mereceram menção honrosa da comissão de pareceristas as teses "Nietzsche: ensaio de uma pedagogia messiânica", de Fabiano de Lemos Brito, orientada por Ricardo Barbosa (UERJ), e "Solipsismo, solidão e finitude: algumas lições de Strawson, Wittgenstein e Cavell", de Jônadas Techio, orientada por Paulo Faria (UFRGS).

Melhor Dissertação: "A medida do tempo: intuição e inteligência em Bergson", de Geovana da Paz Monteiro, sob a orientação de Olival Freire Júnior, defendida no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFBA.
Mereceu menção honrosa da comissão de pareceristas a dissertação "Tópicos em teoria de quase-conjuntos e filosofia da física quântica", de Jonas Rafael Becker Arenhart, orientada por Décio Krause (UFSC).

A Diretoria da ANPOF aproveita a ocasião para agradecer de público aos pesquisadores que participaram da Comissão de Avaliação do Prêmio ANPOF. A Comissão de Avaliação foi formada pelos seguintes professores:
Acylene Maria Cabral Ferreira (UFBA)
André Duarte (UFPR)
Antonio Frederico Saturnino Braga (UFRJ)
Christian Klotz (UFG)
Ernesto Perini Santos (UFMG)
Jairo José da Silva (UNESP)
Maria das Graças de Moraes Augusto (UFRJ)
Pedro Sussekind Viveiros de Castro (UFF)
Rafael Haddock-Lobo (UFRJ)
Raphael Zillig (UFRGS)
Róbson Ramos dos Reis (UFSM)
Vladimir Pinheiro Safatle (USP)

Eu gostaria de fazer um pequeno comentário à notícia, dizendo que fico muito feliz pela qualidade dos trabalhos acadêmicos em torno de Nietzsche.
Quero aproveitar para divulgar os nomes dos dois incomparáveis estudiosos de Nietzsche chamados Giorgio Colli e Mazzino Montinari, que foram responsáveis pela pesquisa e edição das obras completas de Nietzsche (que ordena cronologicamente os manuscritos do filósofo).
É uma edição insuperável!
Apreciar a paciente pesquisa desses leitores de Nietzsche possibilita uma aproximação que homenageia o autor da Genealogia da Moral, não apenas pelo seu viés filológico, mas também pela ousadia de contrapor os muitos Nietzsches, sem propor uma síntese final. O mérito desses extraordinários historiadores da Filosofia foi ter proporcionado aos pesquisadores uma fonte para as análises que hoje são feitas. É nítida a diferença entre os estudos de Nietzsche anteriores e os posteriores à edição Colli e Montinari das obras de Nietzsche.